domingo, 9 de novembro de 2008

COMBÓIO

lágrimas água,
rio cantadas.
lágrimas idade,
saudades levadas.

mágoa, alegria,
saudade em passagem.
combóio que um dia
descarrilou na viagem.


eduardo roseira

2 comentários:

luis nogueira disse...

já sabes que gosto de comboios; de águas do rio já falámos e voltaremos a falar: o que realmente quero dizer é que estás um senhor poeta. gostei. muito.

Anónimo disse...

Entramos no combóio da vida, por vezes descarrilamos, lá voltamos à linha, até que um dia o combóio para,a linha acaba, somos apeados, e seguimos no rio submerso do futuro de nós ausentes: no ciclo inexorável do carbono.
Belo poema

Domingos da Mota